"Estar perto não é ser presente, é estar no interior." A última frase de Jéssica. O sorriso de pôr-do-sol dela contrastava com a sala escura. Ela aquietou-se em meus braços. Enlacei-a. Agi.
Matei-a. Prova de amor. A única solução para nossos problemas. Morrer para viver. Tinha poucos minutos. Depositei seu corpo na incubadora. A pele negra no metal cinza. O computador escaneou a mente de Jéssica. Copiou-a.
Decifra-me ou devoro-te. Pensava ao esperar. A máquina decifraria as sutilezas de Jéssica? O monitor acendeu. O rosto de minha mulher na tela. Linhas e quadrados. Incolor. Abriu a boca.
"Por que dois e dois são quatro?" Blasé total. Caí de joelhos. Chorei.
Poema 266 - Correr
Há 13 anos
Um comentário:
falha no programa :p
Postar um comentário